Dados do Trabalho

Título

EFEITOS DA TELERREABILITAÇAO DOMICILIAR DE BAIXO CUSTO VIA VIDEOCONFERENCIA EM PACIENTES COM HIPERTENSAO PULMONAR : UM PROTOCOLO PARA UM ESTUDO DE VIABILIDADE

Introdução

A pandemia da COVID-19 provocou mudanças abrupta no manejo da reabilitação e a transição da reabilitação presencial para a telerreabilitação trouxe uma abordagem nova baseada em tecnologia que fornece cuidados domiciliar na forma online e supervisionada.
Vários estudos investigaram a telerreabilitação como forma de intervenção, sugerindo que ela é segura, viável e fornece benefícios a curto, médio e longo prazo.
As evidências sugerem que a reabilitação baseada em exercícios aumenta a capacidade funcional e melhora a qualidade de vida em doenças crônicas, entretanto a telerreabilitação não foi testada em pacientes com hipertensão pulmonar (HP).

Objetivo

O objetivo desse estudo foi analisar a viabilidade de um protocolo de intervenção online, domiciliar e de baixo custo em pacientes com HP.

Método

Trata-se de um estudo de viabilidade realizado no na Universidade Nove de Julho (UNINOVE), os participantes com HP do grupo 1 que foram submetidos ao teste de espirometria, testes de capacidade funcional: teste de caminhada de 6 minutos (TC6), teste de degrau incremental (TDIM), Força de Preensão Manual (FPM) e qualidade de vida (emPHasis-10).
Os grupos foram randomizados em 2 Grupos: Controle GC (n = 8) que receberam educação em saúde e orientação a prática de atividade física e o Grupo Telerreabilitação GTELE (n = 8) que receberam 16 sessões de treinamento físico combinado, 2 vezes por semana no período de 2 meses, os grupos foram reavaliados pós-intervenção e os custos financeiros (R$) estimados pelos participantes foram calculados caso a intervenção fosse no formato presencial.

Resultados

Amostra composta por 16 pacientes com idade média 27±11 anos, o GTELE apresentou melhores desfechos de capacidade funcional, em relação ao GC, mensuradas pela distância no TC6 em metros (m) e porcentagem do previsto (%prev) e pelo numero de subidas no TDIM respectivamente: (DTC6-525±105m e %prev 88±64), vs (DTC6-389±97m e %prev 74±19) TDIM (126±61) vs (66±32)subidas, a FPM foi maior no GTELE: FPM-MSD (57±14) vs (50± 22 ) kgf e FPM-MSE (57±19) vs (42±23)kgf pós intervenção e ambos os grupos obtiveram melhora na qualidade de vida por meio dos escore do emPHasis-10, adicionalmente houve redução no custo total, estimada nas 16 sessões para ambos os grupos: GTELE (R$ 4.543,59) vs GC (R$ 3.300,75).

Conclusão

A telerreabilitação é viável em pacientes com HP, melhora os aspectos de capacidade funcional, força muscular, qualidade de vida e reduz custos financeiros.

Palavras chave

Hipertensão pulmonar, Exercício, Qualidade de vida